Minha insensatez me faz parecer um garoto,
mas, sou rabugento, pareço um velho.
De tanto lamuriar neste esgoto,
ninguém mais escuta meu berro.

Ainda sonho como criança,
querendo ir para a roça criar e plantar.
Preciso alimentar esta esperança
para não deixar a morte me alcançar.
Ainda preciso da liberdade
para de gaiola em gaiola voar.
Não posso deixar a tristeza me dominar.

Por onde passo, não quero viver.
Sempre erro na escolha de qual caminho seguir
ou será que eu não sei caminhar?
Talvez eu devesse aprender
que viver não significa decidir,
basta deixar a vida me levar.

Mas para onde esta vida me conduz?
A dúvida vira medo
de no fim deste túnel não ter luz.
Por isto não posso mais cometer o erro
de querer consertar o mundo.
Por mais que eu brigue e lute
acabo sempre mais no fundo.

Mas desta vez tem que ser diferente,
pois já não mais aguento
ouvir tanta gente
me chamando de rabugento.
Por isto estou em busca da solidão,
conversar apenas com os olhos
sem me preocupar se está certo ou não.

Depois de tanto pensar e refletir,
já que de onde estou eu sempre preciso sair,
nada me resta a não ser concluir
que uma nova mãe precisa me parir.

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